A palavra “BOMBA” não explode.
Então, a essência é a coisa chamada “bomba” e não a denominação convencionada?
Mas existiria a essência sem um conceito preciso da coisa?
Conceito é uma convenção, um criado humano? Ou: é a descoberta científica de uma essência?
Mas, sem as palavras existiriam os conceitos?
O que as palavras revelam? Uma descoberta? Ou: a formulação de um conceito?
Então, o sentido nao existiria sem uma convenção? Ou: é o objeto que tem uma essência em si?
Algo sem essência existe? O que é essência sem um significado convencionado?
Ainda ontem, um Bem-ti-vi pousou na cumeeira da minha casa. Ele cantarolava alegremente, seu canto não era o canto do João de Barro, sua cor, predominantemente amarela, não se confundia com a cor marrom do João de Barro.
Quem descobriu o Bem-ti-vi? Quem o diferenciou do João de Barro?
A liguagem extravasa a subjetividade humana. Opa! A linguagem é a própria subjetividade humana.
Aquilo que é hoje poderá deixar de ser amanhã. Ou será uma linguagem modificada?
Como escreveu René Descartes: “penso, logo existo”.
Mimila K Rocha