
Meu verso, temo, vem do berço.
Não versejo porque eu quero,
Versejo quando converso
e converso por conversar.
Pra que sirvo senão pra isso,
Pra ser vinte e pra ser visto,
Pra ser versa e pra ser vice,
Pra ser a supersuperfície
Onde o verbo vem ser mais?
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Não sirvo pra observar.
Verso, perverso e conservo
um susto de quem se perde
no exato lugar onde está.
______________________________
Onde está meu verso?
Em algum lugar de um lugar,
onde o avesso do inverso
começa a ver e ficar.
Por mais prosas que eu perverta,
não permita Deus que eu perca
meu jeito de versejar.
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Sobre joaoantoniofilho
João Antonio da Silva Filho é Mestre em Filosofia do Direito pala PUC - SP. É autor dos livros "A Democracia e a Democracia em Norberto Bobbio", "A Era do Direito Positivo" e "O Sujeito Oculto do Crime - Reflexões Sobre a Teoria do Dominio do Fato", publicados pela editora Verbatin. Advogado, foi vereador da capital por três mandatos consecutivos e deputado estadual por São Paulo. João Antonio nasceu em São João do Paraiso - norte de Minas Gerais. Atualmente é conselheiro do Tribunal de Contas do municipio de São Paulo.
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