
Ali naquele espaço ninguém estipulava a priori o tempo da passagem…
Todos, cada um com seu tempo, passavam sem medo, sem susto – sem necessidade de justificação.
Ninguém estava empoderado para impedir ou facilitar a liberdade de ir e vir…
Não se fazia questão de olhar a cor da pele, o acúmulo material, religião, sexo ou condição física…
O direito era de todos.
Tudo ali tinha um sentido construtivo: ponto de ligação; duto receptor; ponte de integração; instrumento de interação…
Enfim, na diversidade, a vida ali circulava intensamente.
Caminhos, pontes e corredores indicavam a direção…
Os muros eram imaginários – um delimitar das individualidades necessárias.
Não havia bilhetes nem valores estipulados: a contribuição, como atributo da consciência, era um ato voluntário – um costume.
Sim! Todos esperavam ansiosamente o próximo capítulo…
Até porque o desenlace do romance era uma obra coletiva.
Todas as ocorrências individuais ou coletivas, positivas ou negativas – funcionavam como elementos de construção…
Acontecimentos, episódios, casos, caos – nada era dispersão,
Os termos conservação, mudanças, construção e transição eram encarados com naturalidade – na dialética serviam como elo de ligação entre o presente e o futuro.
Ali, a imersão se associava a sede de saber – um querer construir do jeito certo!
Todos viam na solidariedade a passagem segura para o futuro.
Mimila K Rocha
Obrigado, amigo. Recebo como um presente de aniversário pois afinal é de disso que um aniversário trata: tempo, passagem e utopias.
Obrigado, amigo.
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