
O TEMPO DO EQUILÍBRIO
Há pouco ele passou por aqui.
Olhei no seu rosto, lá estavam as marcas dos antepassados…
E as rugas, próprias do envelhecimento, registravam esforços e atos.
Seus gestos, muitos já experimentados, sugeriam serenidade…
E suas atitudes projetavam além do possível.
Seus passos, às vezes lentos, eram marcas da racionalidade…
Continuava analisando o passado com um olhar do futuro, e o já feito como referencial.
Sua sabedoria estava em não deixar a estagnação invadir suas expectativas.
Não temia o encontro de gerações, pois era no equilíbrio entre o velho e o moço que vislumbrava o amanhã.
Viver é saber interagir, mas é também não perder o tempo de passar o bastão.
O que seria da humanidade sem sincronizar os seus passos ao compasso do tempo?
Mimila K Rocha